sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A mentira da política anticíclica

O gráfico ao lado é do blog A Mão Invisível. Ele mostra a variação anual de investimentos, despesas correntes, transferências e receitas do governo. Os números desmascaram a falácia propagada pelo PeTralha Guido Mantega. Se vocês clicarem no link, verão o ministro defendendo a tal política imaginária. Segundo o PeTralha, "... as políticas anticíclicas têm dado bom resultado no país, até superior a outros países emergentes".

Política anticíclica onde, cara pálida? As despesas correntes, que são gastos com pessoal, bens e serviços, ou seja, improdutivos para a economia, tiveram um crescimento de R$ 23 bilhões. Enquanto isso, os investimentos, que teoricamente serviriam para estimular a economia, aumentaram apenas R$ 1,6 bilhão. Não existe política anticíclica. O que estamos vendo é uma campanha nebulosa de desinformação por parte do governo, que tenta maquiar o aumento das suas despesas administrativas de qualquer forma.

Além disso, mesmo que houvesse uma política anticíclica, será que valeria a pena? Será que colocar a conta da gastança atual nas gerações futuras é ético? Qual é a justificativa para que os nossos filhos arquem com a irresponsabilidade da PeTralhada de hoje? A dívida pública é uma das maiores canalhices da economia, um dos atos mais IMORAIS que um governo pode praticar.

Viram que as receitas caíram em mais de R$ 25 bilhões? Como eu disse em um post passado, o resultado fiscal de 2009 caminha para uma explosão da dívida pública. Não que ela já não estivesse em ebulição. Há um certo consenso entre os economistas de que, desde a estabilização e a minimização do imposto inflacionário, a dívida pública tende para a insustentabilidade. Um artigo bem esclarecedor sobre o tema é do Bráulio de Lima Borges. Os PeTralhas ignoram isso e desprezam as suas consequências.

É duro esperar uma melhora da economia com os botocudos da Unicamp no poder. É triste ver a inescrupulosa manipulação dos fatos. A população é iludida e bate palma. Com esse governo, não dá...




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